1. Mini CV para ilustração da matéria
Evandro Moraes da Gama é natural de Belo Horizonte Minas Gerais nascido em 03 /11/1952. Línguas :francês e inglês fluentes .Graduado em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestrado em Geologia de Engenharia E PhD em Geologia de Engenharia INPL - FRANÇA .Pesquisador Sênior do Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT São Paulo - Pós Doutorado - Japão – Unversity of Kobe (1996) Professor Titular do Departamento de Engenharia de Minas da Escola de Engenharia da UFMG até 2018- Professor Titular Voluntário do Departamento de Geotecnia e Transportes da Escola de Engenharia da UFMG Coordenador da Usina Piloto de Geomateriais e Geotecnologia DEMIN-UFMG - Orientador de mestrado e Doutoramento. Sócio fundador da Empresa Terra Viva Recuperação de Resíduos Minerais. Livros e publicações: Hidrogeologia dos Sistemas Ferruginosos Editora 3i Livro Geossistemas ferruginosos do Brasil - Os coprodutos da mineração de ferro para uma economia sustentável - Editora Novas edições académicas - Tratamento de resíduos minerais para fabricação de pozolana Editora UNICAMP Estudo experimental de pilhas de estocagem de minério de ferro Editora do Conhecimento - Livro Engenharia e Geotecnia Princípios Fundamentais -o Sugestões, métodos e exemplos de monitoramento de maciços rochosos - Influência da Estrutura Geológica – Livro Engenharia e Geotecnia Volume IV – Possui patentes nas áreas de monitoramento de barragens e Processos para aproveitamento de rejeitos e estéreis de mineração.
2. Por que a carreira em Mecânica de Rochas? Qual a principal motivação?
Durante a graduação em Engenharia de Minas vivi o acidente da Mina de Águas Claras da MBR. Este fato resultou na perda de muitos empregos criando prejuízo enorme para o País e do Estado de Minas Gerais. Percebi que taludes estáveis, é um dos principais elementos para economia mineral e a sustentabilidade.
3. Houve alguma situação inesquecível (ou curiosa/ inusitada) na sua atuação em rochas, que gostaria de compartilhar com o público?
Sim! Em 1986 quando fui pesquisador do IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas ( fonte de sabedoria e inspiração) , em conjunto com a equipe de Mecânica das Rochas da DIGEO criamos o monitoramento em tempo real de tensões e deformações. Em uma galeria da Mina de Vazantes da Votorantim, a equipe aplicou um sistema de monitoramento onde mensurávamos variação de tensão em conjunto com variação de deformações de um enorme pilar, ao mesmo tempo que a galeria era aberta com explosivos. Visualizar, sentir, monitorar ao mesmo tempo as variações citadas, sobretudo de sentir e registrar um fato completamente inédito: Não ocorreram rupturas na área do maciço monitorado, as perturbações e vibrações foram conduzidas a valores extremos e mínimos em função de um curto espaço de tempo. Aprendemos muito sobre vibrações e rupturas. Este monitoramento resultou em uma patente.
4. Como decidiu entrar para a diretoria do CBMR? Quais foram os anseios vividos durante a condução do comitê?
A Mecânica das Rochas foi considerada ciência somente nos anos 70. O entusiasmo e competência técnica da Dra Eda Quadros e do Dr Abel Fabiani do IPT mostraram a necessidade de ter sangue novo no comitê. Então eu abracei. O Comitê cumpriu e cumpre a missão divulgar a ciência e organizar, simpósios nacionais e internacionais e mantendo o comitê conhecido mundialmente.
5. Deixe uma breve mensagem aos demais associados do comitê.
A oportunidade de estudar e praticar a mecânica das rochas me fez conhecer grande parte do planeta terra. As gerações de hoje e as futuras no Brasil, já têm a oportunidade de ter a MEC Rochas nos currículos universitários, integrada as disciplinas de grande amplitude: Geologia de Engenharia e Geotecnia.